quinta-feira, 1 de junho de 2017

Amor por ser amado

obra: eco e narciso de John William Waterhouse

Já parou para pensar que as redes sociais são as janelas pelas quais nós nos expomos? claro que sim, mas já parou para pensar - porque?. Que desejo é esse que arde a alma quase nos obrigando a postar uma foto, escrever o que estamos fazendo, o que estou pensando. será que ter mais curtidas significa ser mais amado? Não sei, mas tenho uma linha de raciocínio. por isso abordarei os seguintes pontos:
1. exposição de ideias.
2. exposição de imagem.
3. a auto exposição representa o que somos?

1. EXPOSIÇÃO DA IDEIA: Pode ser a vontade de compartilhar uma idéia, meu deus, nunca vou reaprender escrever idéia sem ascento, ideia, a vontade humana artificial, segundo Hobbes, que nos fazer querer ver toda a humanidade evoluir junta para o bem de todos. Pode ser a vontade humana jusnaturalista de se sentir bem ao ver o outro indivíduo aprendendo e evoluindo, a empatia que um humano sente pelo outro, aqui teríamos como fundamentadores Hugo Grociu, Jean-Jaccquer Bulamarques, Russeau, John Lock. Pode ser busca por reconhecimento, pode ser que algumas pessoas sintam a sua importancia para a humanidade, mas a humanidade não veja da mesma forma, e assim insistentemente ele continua a se divulgar em busca do tão sonhado pódio. Eu não sei qual situação se adéqua a maioria dos casos. mas eu faço por que gosto de por para fora, não a vontade de expor, pois esta, requer que as outras pessoas vejam, no meu caso, apenas quero tirar da cabeça, escrever em algum lugar, e não me sinto bem escrevendo em um diário de papel, sou da geração que abraçou a tecnologia, fiz deste blog meu diário pessoal, aqui não há exposição, apenas eu leio, e algum curioso. no entanto seria hipocrisia afirmar este como unico motivo, pois sempre mando um link para um amigo próximo ou outro, pois gosto de saber o que as pessoas pensam sobre o assunto que eu decido abordar. daí entra um movtivo ja citado antes, a vontade de ver o outro individuo pensar também. sair um pouco da comodidade do bombardeio de informação em via contraria aquela que é nata do nosso cérebro, criar ideias e expô-las. concluindo, ter uma idéias aprovada em forma de centenas de curtidas, significa que somos mais admirados pelas pessoas? nos torna mais amados?

2. EXPOSIÇÃO DA IMAGEM. desta eu pouco entendo, não sou muito fã, e o motivo é obvio, não me sinto um modelo padrão de exposição, penso que a exposição da imagem se dá para que as pessoas confirme a sua beleza, pessoas bonitas tiram e postam bem mais fotos que pessoas feias, como eu. Essa lógica me veio a mente pois percebo que a preoculpação de qualquer pessoa quando posta uma foto, é unicamente se a foto ficou boa, as vezes é preciso tirar varias para postar uma, tanto que no facebook, instagram, etc, todas as pessoas são bonitas, ninguém posta uma foto no seu pior angulo. até mesmo para nós que saímos da caverna, é difícil aceitar uma exposição negativa, mesmo que visualmente, mesmo sabendo que isso nao passa de ilusão, uma escravização da mídia, a obrigação de ser belo. eu garanto que não tenho mais esse grilhão no tornozelo, para mim tanto faz se a foto está péssima ou boa. mas claro, se a foto ficar boa terá mais curtidas e você se sentirá melhor, mais popular, mais amado. parece que a busca do ser humano nessa terra é ser admirado.

3.  A AUTO EXPOSIÇÃO REPRESENTA O QUE SOMOS? será que nos expomos de alguma forma buscando um olhar benevolente quanto nossa pessoa? é isso que somos, queremos atenção. nao somos de dar atenção somos de querê-la. e se criassem uma rede social na qual você nao pudesse postar fotos suas e ideias suas, apenas homenagear outras pessoas, homenagear seus amigos, postar fotos das outras pessoas dizendo o quanto elas são boas? será que essa rede prosperaria?

E você, tem alguma opinião sobre o que nos move para expor nossas idéias? buscamos reconhecimento? buscamos ser queridos pelas pessoas? porque esperamos textos gigantes no aniversário? talvez tenhamos sido duros com narciso, talvez sejamos todos exatamente como ele.

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